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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

TransRevolução convoca: Ato pelo dia Nacional da Visibilidade Trans no Rio de Janeiro - 20/01

O coletivo TransRevolução organiza ato de manifesto no dia 29 de janeiro pelo Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais. Essa data torna-se significativa para o movimento de travestis e transexuais quando em janeiro de 2004 foi lançada a campanha nacional: “Travesti e Respeito já está na hora dos dois serem vistos juntos: em casa, na boate, na escola, no trabalho, na vida”, quando 27 pessoas trans lançaram nacionalmente esta campanha no Congresso Nacional em Brasília, estabelecendo a esta data um sentido político de luta pela igualdade, respeito e visibilidade de pessoas trans.

Nesta data entidades que militam em todo país, saem as ruas ou ocupam espaços políticos no exercício da cidadania, esse processo contínuo do qual pessoas trans são alijadas pelo preconceito, pela discriminação e violência. Infelizmente o movimento trans tem mais o que reivindicar do que comemorar. Será também um dia para dizer que: - contra a TRANSFOBIA, nossa luta é todo dia! 

Para se ter uma ideia do problema, a expectativa de vida de uma travesti e transexual brasileira gira em torno dos 30 anos, enquanto a expectativa de vida de um brasileiro médio é 74,6 anos segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Estima-se que 90% das travestis e transexuais brasileiras estejam se prostituindo atualmente no Brasil, uma proporção alarmante, porque nunca houve 90% de um grupo de pessoas prostituindo-se para viver, nem na história do Brasil, nem no mundo. Só mesmo travestis e transexuais. Em entrevista realizada pela fundadora do Coletivo TransRevolução, madame Gisele Meireles, apontava para a ausência de outras oportunidades de trabalho, mantinham o alto índice. 

Além disso, o Brasil lidera o ranking de violência transfóbica, sendo o país que mais se mata travestis e transexuais no mundo. O México é o segundo colocado do ranking e, ainda assim, o Brasil contabiliza quatro vezes mais mortes do que este. O numero de travestis e transexuais que são assassinadas pode ser ainda maior, pois de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), que há três décadas realiza o levantamento dos crimes homofóbicos no país, os crimes contra pessoas trans são subnotificados. Em geral, são contabilizados como mortes de homossexuais, inviabilizando políticas públicas e visibilidade social. 

Em termos comparativos, apenas 95 travestis, transexuais e transgêneros inscreveram-se para realizar o ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio) utilizando o nome social em 2014. Contudo, houve 84 assassinatos (Fonte: TransRevolução) desse mesmo contingente populacional no mesmo ano. Onze é o número que separa uma realidade da outra. Podemos dizer que, praticamente, uma geração de ENEM morre por ano! 

Apenas no Estado São Paulo há uma fila de 3.200 pessoas que desejam realizar a cirurgia de transgenitalização, mas somente uma cirurgia é realizada ao mês, 12 cirurgias ao ano. Quem entrar na fila agora terá que esperar 266 anos para realizar esse procedimento cirúrgico pelo Sistema Único de Saúde/SUS no Brasil. O Hospital Pedro Ernesto (HUPE), no Rio de Janeiro, que também realiza esse procedimento, está fechado para inclusão de novos pacientes desde 2012 e atende de forma precária. Some tudo isso ao não reconhecimento das identidades trans, ao abandono familiar, a evasão escolar, a precarização laboral, a exclusão do mercado de trabalho e marginalização.

Por isso afirmamos que a nossa luta contra a transfobia, não se resume a um único dia de visibilidade, mas é uma luta árdua e diária em que as poucas conquistas são muito comemorados. Mas queremos mais: queremos o reconhecimento das nossas identidades de gênero , queremos inclusão social, queremos direito a educação, queremos ter chances no mercado de trabalho.

Este ano como o tema “Respeito, do Morro ao asfalto, travestis e transexuais existem de fato!”, as atividades se iniciarão com uma manifestação na Cinelândia no dia 29/01/2015 com concentração a partir das 17h00hs, onde serão lembradas as travestis e transexuais vítimas da transfobia, seguido de ato político, e a apresentação de números artísticos e culturais #JeSuisTravesti celebrando a vida e a resistência. Durante o ato serão realizados testagem rápida de HIV, e a gravação da vinheta “Trans não é bagunça”.

PROGRAMAÇÃO:

ATIVIDADES:
28/01 a partir das 20 h tuitaço nas redes sociais:

#RespeitoJesuisTravesti
#RespeitoJesuisTrans

29 DE JANEIRO DE 2015
DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE TRANS – Travestis, Mulheres Transexuais e Homens Trans
"Respeito, do Morro ao asfalto, travestis e transexuais existem de fato!”

Ato Político: Cinelândia / Câmara Municipal
16:00 às 19:00 - Projeto MIX da Prevenção – Testagem rápida do HIV com amostra de fluído oral
17:00 – Concentração na escadaria da CMRJ
18:00 – Abertura do Ato
19:30 – Atividade cultural e política – Magaly Penélope e convidadas “JE SUIS TRAVESTI, TRANS & DRAG QUEENS” – performances e manifestos
20:30 – Encerramento


Finalizo expressando votos da mais elevada estima e distinta consideração.

Atenciosamente,

INDIANARA ALVES SIQUEIRA
Presidente TransRevolução